Boondocks

20:21 May 24, 2015 

Acredito que a verdadeira Carlota Joaquina deve ter sido mais comedida. Eu mesmo não acompanhei essa minisérie, mas assistindo o comecinho com a chegada da princesa não pude deixar de me encantar com essa menina de 10 anos que se consegue impor e bem nesse universo das convenções da corte e do mundo adulto.
Gostei da musicalidade dos adágios. Deve-se dar um desconto à pinimba histórica entre Espanha e Portugal:))
Quanto ao Brasil, a chegada de D. João VI com sua corte acabou sendo boa para o país, pois, com a família real aqui, deixamos de ser filial para virar matriz, com direito à instituições que antes não tinhamos.

19:16 May 24, 2015 

Obrigado pela referência da série, que realmente não conhecia.
Essa Carlota Joaquina era realmente "levada da breca" (to say the least)... :))
Em Portugal não terá deixado boa memória, e decerto contribuiu para perpetuar adágios populares como "De Espanha nem bom vento nem bom casamento", e/ou variantes como "De Castela nem costumes nem ciúmes" e "De Castela nem viúva nem donzela"... :))

16:44 May 24, 2015 

Há alguns anos o Carlos Lombardi criou uma Minisérie de TV chamada de "O quinto dos infernos". Quase postei o link, mas achei que fugia um pouco do assunto e os episódios são longos. Trata-se de uma interpretação particularíssima de um período da história do Brasil que data da vinda da princesa Carlota Joaquina ao Brasil para casar-se com apenas 10 anos com o futuro Rei D. João VI. Abstraindo-se o rigor histórico e o sotaque pt que não deve estar a altura, talvez valha a pena assistir os primeiros minutos. :))

15:56 May 24, 2015 

Pois é, Danik, essa é uma das origens que é atribuida à expressão, e por isso achei interessante referi-la.
Compreendo a conotação negativa que refere, que penso terá surgido posteriormente e/ou "por omissão do 1º sentido": penso que quando mandamos alguém para o "quinto dos infernos", desde logo queremos mandá-lo/enviá-lo "para longe". Creio que o fato desse "lugar longínquo" ser também "desagradável" é o 2º sentido.
Mas reconheço que a expressão presta-se a uma maior valorização/peso de qualquer dos sentidos.

13:00 May 24, 2015 

É verdade. Mas, "quinto dos infernos" tem uma carga negativa adicional. Quando brigamos com alguém ás vezes o mandamos para "o quinto dos infernos".
Mas o link é muito interessante para conhecer a origem da expressão. Não sabia que estava relacionada com a cobrança do quinto português.

06:45 May 24, 2015 

Creio que em PT-BR também se diz: "nos cafundós" (semelhante a uma referência do Jonathan).
vd link:
1. ("nos cafundós"): http://www.infopedia.pt/dicionarios/lingua-portuguesa/cafund...

Outra expressão, que julgo também é conhecida no Brasil, é "no(s) quinto(s) dos infernos".
2. ("no(s) quinto(s) dos infernos"): http://ninitelles.blogspot.pt/2010/12/de-onde-vem-quinto-dos...

03:35 May 24, 2015 

Boondocks não é necessariamente "no mato" pois a expressão se refere apenas a um lugar distante, no meio do nada. Por exemplo ali na frase estão falando que eles acampam bastante quando fazem negociações em lugares fora de mão.

Hipoteticamente é possível fazer negociações com aborígenes e acampar em um lugar de terra batida sem vegetação no grande deserto da Austrália; ou negociar com beduínos no Saara e ter que acampar na areia; ou fazer negociações com esquimós e acampar no gelo se fosse na Antártida; etc. Em todas essas situações não há mato e é possível usar o termo "boondocks", pois são lugares remotos e sem muita civilização.